segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Balanço positivo

O final de um ano é sempre tempo de fazer balanços da nossa vida e fazer promessas e formular desejos para o futuro. Mas, não me apetece... O ano foi péssimo, foi mau demais e ninguém merece aquilo por que eu passei. Toda a minha vida como a conhecia foi abalada desde que o meu faleceu... aquele que eu achei que iria ficar ao meu lado para sempre já lá não estava... a partir daí foi o descalabro desde partir um braço a ver a minha mãe com cancro, tudo aconteceu de mau. Mas, o ano vai acabar e provavelmente vai levar com ele tudo o que de mau me fez. Já chega e eu não mereço.
Por isso, não faço qualquer balanço do meu ano, existiu, aconteceu e vai acabar amanhã.... UFA, já chega... e vem um novo ano.
Não faço promessas, para quê se quase nunca as cumpro... Não vou formular desejos pois só quero ser feliz, e isso em abstracto, sem quaisquer certezas do que me fará feliz.
Ver os meus filhos saudáveis, a família com saúde, vender a casa, manter emprego eu e o marido e ter amigos de verdade... isto não são desejos em concreto, são o mínimo que todos devíamos ter para ser felizes.
Por isso, e no final o meu balanço até é positivo... tirando a falta do meu pai que não volta, o meu braço já está bom, o cancro da minha mãe ultrapassado, os miúdos e a família com saúde, temos emprego e tenho amigos de verdade que sei que estão ao meu lado em todos os momentos....
Sim, no final o balanço é positivo, mas se me é permitido desejar algo, peço que 2014 seja melhor que 2013 e fazendo uma promessa vou fazer tudo ao meu alcance para que o meu desejo se realize...
Afinal, fiz balanço, fiz promessas e formulei desejos.... BOM 2104!!!!!

Crescer

Ontem a Mi fez 10 anos... deixou a idade de um dígito para os dois, e já não há volta a dar, a miúda está mesmo a crescer. É giro ver que já escolhe a sua roupa com cuidado e de acordo com o seu próprio estilo, escolhe as amigas com base nas suas afinidades e não nas afinidades dos pais, sabe o quer fazer diariamente e já pensa no futuro, começa a pensar em namoricos com alguma malícia (ainda que infantil e ingénua).. Claro que há a parte menos positiva, pois já começa a dar respostas de pré-adolescente e a ter alguns segredinhos que partilha com as amigas entre risinhos e olhares de cumplicidade, mas continua a ser a minha princesinha....
É especialmente complicado para uma mãe ver os filhos crescer. Se por um lado é maravilhoso vê-los a terem os seus próprios objectivos, tomarem as suas decisões, conversarem connosco sobre assuntos da atualidade, por outro lado há a sensação de que o cordão umbilical se corta um pouco mais a cada dia que passa. Queria que fosse sempre minha mas quero que tenha asas para voar e viver a sua própria vida...
Ser mãe não é fácil, mas é lindo, mas ver os filhos crescer deixa em nós um sabor agridoce... primeiro pica e arrepia e por fim fica o sabor doce do amor que temos por eles.

sábado, 28 de dezembro de 2013

BFF's

BFF's escreveu a Mi e 3 amigas na areia da praia no início do Verão passado. Não fazia ideia do que seria até me contarem que eram Best Friends Forever (melhores amigas para sempre) e achei deliciosa esta promessa de amizade para sempre feita aos 8/9/10 anitos. É giro vê-las a brincar e a partilhar confidências.
São quatro meninas completamente diferentes, fisicamente e emocionalmente. Todas espertíssimas e cheias de vida, com bons sentimentos, educadas e com valores incutidos, mas tirando isso nada mais as equipara! Duas são do 5.º ano e duas do 4.º ano, andando em escolas diferentes.... as do 4.º ano estão em tempos diferentes, uma de manhã, outra de tarde. As do 5.º ano, são da mesma turma, mas fora da escola uma prefere piano e a outra viola. Andam todas na aeróbica e realmente partilham essa paixão, mas nada mais no seu dia a dia se cruz. As idades variavam em Junho entre os 8 e os 10 anos de idade, agora 9 e 10 anos.
Mas são amigas, amigas de verdade e segundo a promessa para sempre. Não sei o que a vida lhes reservará mas sei que é maravilhoso aos 9 ou 10 anos poder partilhar segredos, alegrias, tristezas e a amizade com as BFF's....

Festa do pijama

A Mi faz 10 anos amanhã e decidiu convidar 3 amigas para passarem cá a noite com ela e amanhã o dia. Como estão de férias e é fim-de-semana claro que acedemos e vieram as 3 amigas da Mi e a mana mais nova de uma delas que é a melhor amiga da Mg.
Assim que chegaram, pelas 18:30 foram todas vestir o pijama e desde então assim têm estado vestidas. Afinal a Mi resolveu fazer uma festa do pijama com estas amigas e está a ser muito divertida.
O jantar, pizzas para todas, foi engolido num ápice para não roubar tempo à brincadeira e lá foram as amigas fazer a sua festa do pijama.
Estão as 6 (e o F.) no sótão a fazer brincadeiras imensas e jogos de adivinhar. Devem estar a gostar pois de vez em quando ouço imensas gargalhadas, ouço os pezinhos delas a correr pelo sótão e quando as vou espreitar estão a rir e a brincar.
No quarto onde querem dormir todas juntas já se estão a espalhar colchões, mantas, bonecos de aconchego e almofadas a preparar a noite que se seguirá.
Dizem que não se deitam antes da meia noite para darem logo os parabéns à Mi mas acho que vão dormir muito depois dessa hora e apenas quando os olhinhos cederem ao cansaço e os sonhos derem lugar à
brincadeira.
Amanhã irão acordar cedo, de certeza, prontas para mais brincadeira e será um dia feliz para a Mi.
É tão bom ser criança e fazer festas de pijama!!!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pijamas

Cá em casa a solução não é pacífica. Deixar os pequenos andar de pijama o dia todo, como eles adoram em especial no Inverno, ou obrigá-los a vestir outro tipo de roupa, nem que seja um fato de treino, logo pela manhã?? Os tios e a avó acham que se devem vestir logo de manhã e nem pensar irem almoçar de pijama.... Eu e o pai achamos delicioso vê-los de pijaminha -e o de Natal, polar e vermelhinho é tãoooo lindo - a brincar com os seus legos, litle pet shops ou simplesmente a ver filmes da Disney na TV.
Acho que é das coisas mais reconfortantes, em especial no Inverno, estar em casa de pijama, quentinha embrulhada numa mantinha junto à lareira a ver um belo filme na TV ou fazer um puzzle ou a ler um bom livro e a comer pipocas ou um dos chocolates que recebemos no Natal.
Sinceramente, quando a família cá está faço um esforço para que os miúdos troquem de roupa antes do almoço, mas assim que se vão embora, volta a tarde de pijama... sabe tão bem e eles adoram.
Não acho que seja por isso que serão menos educados ou respeitadores pois têm a noção das ocasiões e os comportamentos a adoptar, mas em casa, no conforto do lar, é suposto estarmos como nos sentimos bem e se eles estão felizes eu também estou!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Prendas

As prendas preferidas das MM. foram umas guitarras brancas, brilhantes, que as duas queriam muito. A M. mais velha já sabia que tinham chegado mas a mais nova achava que só viriam em Janeiro... Quando viu o embrulho pensou que seria uma árvore de Natal para montar (que ideia?????) e quando viu a sua viola nem conseguia acreditar, a alegria estava estampada na sua cara e até agora ainda não a largou.... Realmente não vale a pena comprar brinquedos que nós gostamos ou achamos que eles vão gostar.... Estive os últimos dois meses atenta às conversas dos pequenotes e atenta ao brilho dos seus olhos e fui descobrindo o que queriam, fui comprando às escondidas quando eles saiam de uma loja com gosto por alguma coisa e sei que acertei em casa prenda que receberam.
No final da noite, a M. mais nova, que é extremamente reservada e que pouco se manifesta, saltou-me para o pescoço, abraçou-me muito e com muita força e disse "Obrigada Mamã, gostei de todas as minhas prendas....". Valeu mesmo a pena!
Desde que abriram as prendas ainda não pararam de brincar, os três juntos, com as prendas uns dos outros, já fizeram jogos, histórias, ajudaram a montar os legos do F. e lá estão eles agora a brincar calmamente.
Não vale mesmo a pena comprar prendas apenas porque são caras e boas, porque todas as crianças gostam ou porque nós gostamos... Nós somos os pais deles e devemos tentar conhecê-los e ir ao encontro do que eles gostam. Dar prendas por dar não vale a pena, mas todas as que são pensadas e escolhidas com amor, são seguramente apreciadas e as crianças, mais do que ninguém sentem isso....

Natal

Não ligo nada às prendas de Natal, às que recebo, claro - daí que não seja de espantar que eu embrulhe com carinho as prendas que encomendei e mandei vir para mim para o meu marido me dar - pois gosto mesmo é de ver a alegria das crianças. Surpresas cá em casa são para as crianças, e a magia da quadra só faz sentido com elas... Ontem dizia ao F. que me pedia incessantemente para abrir as prendas, que não podia pois o Pai Natal ainda não tinha vindo trazer magia às prendas... resposta do meu príncipe: o Pai Natal não dá magia às prendas, ele trás as prendas para vocês darem na noite de Natal, mas não tem mais magia, não há mais nada para o pai Natal cá fazer hoje.... pois, tinha razão... e eis que começámos a abrir a prenda sem o Pai Natal, que, diga-se, não fez falta nenhuma...
Hoje de manhã perguntou-me, ainda assim, o pequenote se o Pai Natal tinha vindo comer as bolachinhas pois não nos tínhamos lembrado de as deixar no pratinho. Estava mesmo preocupado. Mas eu disse-lhe que o Pai Natal comeu uma fatia de bolo de chocolate dos anos da avó e o F. ficou descansado pois felizmente o Pai Natal veio visitar a casa dele....
Acho mesmo que o F. acredita que aquele velhinho barbudo vestido de vermelho e que se faz transportar em renas visita a casa das crianças na noite de Natal e gosto que ele acredite pois o Natal é magia e sonho e acreditar em algo bonito...
As MM. já sabem que no Natal nasceu o menino Jesus mas acima de tudo é a festa da família cá em casa, e é tão bom estar com a família, junto à lareira a lambuzarmo-nos de deliciosas sobremesas e a conversar de tudo e de nada.
Gosto do Natal e quero que os meus pequenotes continuem a sentir o mesmo que eu....

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Imaginação

A imaginação das crianças é surpreendente.
Hoje a minha casa parece uma sala de actividades. Uma corta árvores de Natal e estrelas em vários papéis coloridos. A outra pinta molas de roupa de madeira de várias cores. E o pequenino, porque ainda não percebe bem o que estão a fazer corre numa azáfama de uma mana para a outra para as ajudar! O que vai sair daqui? não sei, mas será bonito com certeza pois é feito pelas crianças.
No domingo fomos ao circo. Quando chegámos a casa foram os 3 para o sótão, vestir roupas do baú e chamaram-nos depois para assistir ao circo. A Mn. era contorcionista e acrobata... a Mg. apresentadora, ajudante de mágico e mimo... o pequenote era palhaço e mágico. Foi divertido vê-los a fantasiar, a criar personagens e a interagir connosco... Os nossos pequenos artistas são maravilhosos!
O Natal aproxima-se e a imaginação das crianças é o que traz brilho a esta quadra... Vamos fazer bolachinhas para a noite de Natal, para que o Pai Natal coma as bolachinhas e beba o seu leite quetinho quando vier deixar as prendas... E eles ficam tão felizes a pensar nessa noite. Ainda bem que as crianças mantém vivo o espírito do Natal e deixam a sua imaginação fluir....

domingo, 15 de dezembro de 2013

Sorrir à má sorte!

Realmente este ano sem fim foi o pior da minha vida... perder o pai, descobrir que a mãe tem cancro (felizmente extraído a tempo), partir um braço, o sobrinho que adoro como filho ter dois acidentes de carro, um dos quais escapou com vida por pura sorte, a morte de um tio: são apenas alguns exemplos mais óbvios...
Mas ontem, depois de mais um retrocesso deu-me para rir... estou farta de dar crédito à má sorte... Ia de carro para um jantar de amigos quando o carro começou a acender todas as luzes que não devia... temperatura, bateria, e hoje abs... estávamos a chegar e tivemos de voltar para casa... Liguei à minha querida amiga anfitriã que pensou logo: voltaram atrás e já não devem ter pachorra para repetir a viagem...
Que se dane a má sorte. Trocámos de carro e voltámos ao jantar de amigos. Chegámos tardíssimo ao jantar, mas valeu a pena, soube bem e foi divertido e reconfortante...
E agora utilizando uma expressão bem conhecida... "Que se lixe a má sorte...". Decidi que daqui para a frente vou-me rir dos azares, pode ser que desistam... e mudem de hóspede...
Com um ano destes só mesmo com optimismo.... 2014 deve ser melhor....

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Jovens

É impressionante como os nossos adolescentes nos conseguem surpreender pela positiva. Ontem e hoje, no âmbito das minhas funções fui a uma escola falar com jovens do 9.º ano para lhes explicar o que faço, como faço, como se acede à minha profissão e dar-lhes algumas dicas numa altura em que estes jovens têm de escolher um caminho a seguir que determinará toda a sua vida futura.
Ia extremamente ansiosa, pois é uma idade que supostamente é complicada e nunca sabemos o que vamos encontrar. Só pensava: Serão calados? Participativos?rebeldes?conflituosos? Gostarão do que lhes vou dizer? Mostrarão desagrado e aborrecimento? Acreditem que ia mais nervosa do que para um dia de trabalho em que lido com centenas de adultos sem stress.
Começou a primeira aula e foi maravilhoso. Aqueles miúdos participaram imenso, estavam sedentos de informação e queriam perceber tudo o que lhes explicava. As turmas seguintes (foram 4 ao todo) continuaram a surpreender-me e muito. Fiquei agradavelmente surpreendida com o que vi.
Estávamos numa escola pública, numa cidade da periferia de Lisboa, com jovens de idades diferentes - entre os 14 e os 16 anos -, de diferentes etnias, raças e com escalões sociais dispares e a verdade é que todos se portaram muito bem, com respeito, com educação e com vontade de perceber o que lhes transmiti.
Tenho a certeza de que estes jovens retiveram algo do que lhes disse, agucei a curiosidade dos mesmos e deixei-lhes vontade de perceberem mais de alguns assuntos. Marquei a diferença na vida deles? Penso que não. Não tenho tais ambições irreais, mas gostava de ter deixado algo de mim neles e isso acho que deixei.
Sempre que falo com estes jovens, não sei se é do meu olhar esperançoso, mas acredito que não estamos perdidos e acredito que estas raparigas e rapazes têm muito para dar!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Mudar de cor

A M. mais velha usa aparelho nos dentes de cima há um mês e discreta como é decidiu que queria a cor branca para o mesmo, não só porque é a sua cor preferida, mas porque caso não gostasse sempre passaria mais despercebida. Hoje foi apertar o aparelho e quis adicionar um pouco de cor, o vermelho... mas mantendo e alternando com o branco.
Diz ela: vermelho porque é a cor do Natal e branco a cor da neve do Inverno... branco porque é a minha cor preferida e vermelho porque é a cor preferida da mana... Ficou tão gira...
Mas questiono-me se tudo não seria tão fácil se pudéssemos mudar a cor da nossa vida como quiséssemos? Eu pintaria a minha vida da cor amarela...
Um dia, na admissão para o meu trabalho um psicólogo perguntou-me qual a minha cor favorita... respondi Amarelo... olhou para mim e disse que era a cor da depressão... fiquei estupefacta e com a minha cara de pau disse-lhe: olhe para o céu (estava um dia lindíssimo de sol), acha que o sol é da cor da depressão? Acha que um girassol simboliza a depressão? O amarelo é cor de vida e de alegria, não depressão... Claro está que o psicólogo ficou a olhar para mim.... com cara de "parvo" e acabou por me dar razão... O amarelo não é todo igual, porque é que as pessoas tendem a generalizar?
Digam-me a vossa cor favorita e porquê... acho que este é um tema fantástico!

Festas de Natal

Com 3 filhos, as festas de Natal sucedem-se... no primeiro fim-de-semana de Dezembro começámos com uma gala de flauta da M. mais velha, no seguinte a gala da viola das MM., no próximo sarau de aeróbica das MM. no sábado e circo (do trabalho do pai) no domingo, e no seguinte festa de Natal da creche e ATL do F. e M. mais nova.... e no seguinte... ops... já passei o Natal e não tive um fim-de-semana em casa... Mas, também o que isso interessa? A magia de Natal é estar com a família e desde que esteja com as MM e o F eu estou bem em qualquer lugar e admito: ADORO vê-los actuar..... seja a tocar flauta, viola, bateria, a cantar, a ginasticar ou a fazer de Rei Mago... podem até enganar-se mas para mim são perfeitos... Esta época é perfeita e as festas de Natal são mais um complemento... Claro que a acrescer a estas festas há as festas das amigas, dos casais amigos, dos colegas de trabalho.... Mas sabe tãoooo bem!

Adrenalina

Dizia-me a semana passada o professor de viola que depois de um espectáculo sentia uma descarga de adrenalina fenomenal e que era uma sensação brutal. É verdade... confirmei na pele e realmente a sensação de desprendimento, de elevação e de descarga de adrenalina é surreal.
Nunca fui destas andanças até porque das minha mãos e boca saía tudo menos música, mas foi-me lançado um desafio em Julho e eu, que não sou mulher de fugir de desafios, aceitei... Tive aulas de viola e não é que aprendi a toca 3 músicas? Falling in Love, House of the raising sun e Sound of silence (três músicas que pessoalmente adoro). No sábado fio a actuação e eu estava uma pilha de nervos.... as minhas filhas actuaram primeiro e estiveram muito bem, mas quando chegou à vez do meu grupo eu acho que sentia um túnel de vento na cabeça.... não me lembrava de nada....
Assim que me sentei, ajeitei a viola no meu colo e toquei a primeira nota senti-me flutuar... era só eu e aquela viola, o som que ela produzia e consegui tocar as músicas que aprendera... fantástico mesmo!
Estava perante 430 pessoas.. mas, mais importante, estava perante as MM. que sabiam toca muito melhor viola que eu e que eram naquele momento as pessoas que mais queria agradar. E agradei!
No final, ao sair do palco, senti tamanha felicidade, senti orgulho de mim, por aquilo que consegui ali fazer e o meu ego atingiu níveis que há já algum tempo não eram tocados. Brutal, fenomenal, fantástico.
Realmente não devemos baixar os braços, mão devemos aceitar que talvez não sejamos capazes, pois quando conseguimos a sensação é muito boa e a descarga de adrenalina tão falada sabe mesmo bem!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Estrelinha

Mudei o fundo do blogue por causa deste post. Quando o meu pai morreu disse aos meus filhos que o avô era agora uma estrelinha que agora os guardava do céu. Sei que este tema não é pacífico e que muita gente não concorda com esta romantização da morte, mas como podia eu dizer e explicar a crianças de 3,7 e 9 anos (à data) que o avô morreu e o seu espírito olharia por eles e os acompanharia? (claro está que acredito nisso).
No dia em que  disse ao meu príncipe de 3 anitos, olhou para mim e disse: mamãe, eu sou um super-herói, posso ir na minha nave espacial buscar o avozinho... Não podia, e ficou triste por isso, mas percebeu naquele momento que só poderia olhar para a estrelinha...
A mais velha percebeu tudo bem e tentou racionalizar tudo - como geralmente faz - e continua a verbalizar as saudades e as recordações.
A M. do meio calou-se por um mês... nunca me perguntou o que aconteceu e não falava do assunto, fugia dele... até que um dia decidi provocar uma reacção nela e foi muito complicado.... chorou muito e durante muito tempo e no fim perguntou: mas o avô volta? Não, querida, não volta, mas está sempre connosco...
Independentemente de tudo, a verdade é que sempre que escurece os meus pirralhinhos procuram a primeira estrelinha do céu, ou a mais brilhante, e dizem loque que é o avô. Dizem-lhe adeus e ficam contentes porque se sentem confortados por o avô continuar com eles...
Não sei como o imaginam na estrelinha nas suas cabecitas jovens, mas de certeza que é lindo e isso é que importa....

Educação física

Só mesmo a M. mais velha para dizer: ainda bem que não fiquei nos primeiros lugares pois assim não tenho mais actividades... Claro que estava a falar de educação física... a miúda adora ginástica aeróbica, adora dançar mas correr acha uma perda de tempo... e quem tivesse os melhores resultados na corrida iria participar numas competições. Claro está que a miúda nem se esforçou muito e feliz me dizia não fiquei entre os primeiros, que bom!!!! Que dizer... nem todos temos queda para tudo....

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Coscuvilhices

Há histórias de coscuvilhice que mais parecem um folhetim dos melhores... No trabalho ainda é mais irritante. Diz que diz que o outro disse e quando se vai ver ninguém disse nada... tem sido o prato do dia no meu trabalho, tudo porque duas colegas que têm a mania da perseguição interpretam mal as palavras dos outros e transformam em verdades absolutas ilações que tiraram sem fundamento nenhum. Estou farta de gente assim, irra! Ficam ansiosas porque sabem que não estão a fazer um bom trabalho e disparam em todos os sentidos para ver se não ficam com a imagem manchada. Nunca suportei gente assim e agora ainda menos... Será que não têm uma vida para viver? Uma casa para onde voltar? Não me chateiem e deixem-me trabalhar em paz...

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Amor é

Ontem fui surpreendida com a noção de amor do meu filho mais novo de 4 anos de idade... Perguntado pela educadora sobre o que era o amor para si o F. respondeu que era estar em casa com a mamã! Realmente o amor dos filhos é o mais puro que existe e ficar com a mãe é suficiente para os animar e acarinhar. Sabe tão bem ficar em casa com a mãe, ter os miminhos e a atenção só para eles... E tem sido tão difícil dar ao meu filho o amor que ele deseja pois o trabalho tem estado complicado e nem sempre dá tempo. Ontem, por acaso, porque estava a trabalhar em casa perguntei-lhe se queria ficar comigo e ele ficou tão feliz. Quando liguei para a escolinha a visar disse à educadora que o F. ficou em casa no Amor! E soube bem, aos dois....

Mau humor

Que chatice. Há pessoas que estão sempre de mau humor. Criticam tudo... ou é porque se faz ou porque não de faz. Se não fazemos nada é por somos conformados, porque não lutamos pelo que acreditamos, porque esperamos que lutem por nós. Se fazemos alguma coisa, se temos ideias, se as colocamos em prática é porque queremos destaque, porque queremos dar nas vistas, porque temos ambições ocultas. Que raio... as pessoas estão a ficar estúpidas e cínicas com esta crise. Não aceito este mau humor generalizado por causa da crise, por causa da porcaria do dinheiro... É certo que os cortes salariais que a minha família levou me fizeram ter muitas dificuldades financeiras que até aqui julgava impossível, mas isso não me mudou a maneira de ser e acho que não muda a ninguém... Há pessoas que são mesmo cínicas e amargas e apenas aproveitam a crise para deitar veneno para fora...
Em 7 meses perdi o meu Pai, parti um braço, a minha mãe teve cancro, e as dificuldades financeiras duplicaram, mas, mesmo assim, continuo igual... continuo a acreditar num amanhã melhor, continuo a pensar que é nos valores que nós iremos conseguir alterar este estado de coisas.... continuo a acreditar, sobretudo nas crianças e nos jovens e não aceito que me digam que não vale a pena. Claro que vale a pena apoiar os jovens, dar-lhes conselhos, mostrar-lhes caminhos e acima de tudo fazer com que eles acreditem que vale a pena continuar e que há alternativas. É este o meu lema de vida e é por isto que me bato todos os dias, e se, no final, tiver salvo apenas um/a jovem.... valeu a pena pois é menos um na droga, na prostituição, na vida de desemprego... E não me deitam abaixo.... Não mesmo!!!!

Filhos e valores

Para uma mãe é sempre motivo de orgulho quando os nossos filhos se destacam em algum aspecto. Porque são bons alunos, porque são bons ginastas ou bons músicos, mas hoje recebi, relativamente à minha filha mais velha o melhor elogio que uma mãe pode receber. Deram-me os parabéns por ela ser, acima de tudo por ser educada e respeitadora, por demonstrar, ao arrepio de tudo o que vemos à nossa volta bons sentimentos, por se preocupar com o próximo. Em suma, deram-me os parabéns por a minha princesa mais velha ser uma pessoa que hoje em dia se encontra cada vez menos, com os valores bem marcados.
Foi, sem dúvida, o melhor elogio que podiam dar da minha filha. Se não fosse muito boa aluna, podia esforçar-se mais e melhorar, se não fosse a melhor na ginástica, na música ou nas artes plásticas podia aplicar-se mais e melhorar, mas ser íntegra, ter valores, ser educada e respeitadora são os pilares da educação que eu desejava para a minha filha. São os valores que farão dela um ser humano melhor, um ser humano diferente neste mundo egoísta. Uma boa parte dessa integridade vem da personalidade dela, mas quero acreditar que eu e o pai (e os manos e os avós e os tios e os primos e os amigos) contribuímos para formar essa personalidade maravilhosa...
Hoje durmo melhor, não só pelo imenso orgulho que tenho na minha filha mais velha (e nos manos que são igualmente crianças íntegras e com valores) mas porque sei que ela será uma adulta com valores e que contribuirá para melhorar a nossa sociedade seja qual for o caminho que escolher. Hoje sou uma vez mais uma mãe feliz e com um sentimento fantástico de que estou a cumprir o meu dever de mãe... a dar-lhes uma boa educação (independentemente de bens materiais)... Agradeço, também, aos meus filhos por me ajudarem a ser uma pessoa melhor, pois aprendo com eles todos os dias...

Comportamentos

Não compreendo as mudanças de comportamento de certas pessoas... não são consequentes e num dia estão com raiva de todo o mundo e no dia seguinte parecem as pessoas mais dóceis do mundo. Não gosto de lidar com pessoas que não sei o que esperar de seguida, que não sei se estão a ser sinceras e que não sei se estão a conversar com recurso a qualquer figura de estilo (sarcasmo, hipocrisia...). Gosto de pessoas transparentes, sinceras, que não têm medo de errar e que não deixam de me dizer a verdade só porque a mesma não é politicamente correcta. Sei que às vezes falo de mais, pois digo o que penso custe o que custar e a quem custar, mas prefiro ser assim, pois assumo as minhas posições, defendo os meus pontos de vista e manifesto as minhas opções. Quem não gostar.... Temos pena! Já não é a primeira vez e não será a última que fico sozinha a defender um ponto de vista... sei que todos concordam comigo, sei que todos pensam da mesma maneira, mas poucos são os que têm coragem para assumir o que pensam. No fim, posso ficar mal vista porque disse o que todos pensavam mas que ninguém teve coragem de assumir. Não me importa pois hoje e sempre e cada vez mais irei defender os meus pontos de vista e assumir as minhas posições. Não vou com o rebanho e não me escondo nas opções do "grupo"... Eu sou eu, levanto-me e subo para cima da mesa e digo "Oh Captain, my captain". É este o legado que quero deixar aos meus filhos....

O futuro na idade média

Ontem a minha filhota mais velha, de 9 anos de idade, disse-me: Mãe, já sei o que quero ser quando crescer: quero ser presidente da república! Claro que me ri e disse-lhe que era uma excelente ideia pois nunca tinha havido em Portugal uma Presidente da República, pois afinal as crianças ainda são livres de sonhar... Mas, quando lhe perguntei porque queria ser presidente disse-me que assim tinha muito dinheiro, aparecia muito na televisão e acabava com a crise. Como quis eu saber... Respondeu-me que arranjava trabalho para toda a gente e obrigava as empresas a dar trabalho a toda a gente. Perante a minha resposta de que não havia dinheiro para criar tanto emprego, disse-me que baixava os salários de modo a que toda a gente tivesse trabalho... Como fiquei espantada e lhe disse que assim as pessoas não conseguiam sequer comprar o básico disse-me que obrigada as lojas a baixar os preços para que as pessoas pudessem comprar. O pensamento da miúda até fazia sentido... 
E foi então que lhe perguntei como obrigaria as pessoas a fazerem isto tudo. Respondeu-me com um ar de quem tinha tudo pensado... Faço como na idade média: quem não concorda comigo ou não faz o que eu mando.... Zás, mando cortar a cabeça... Haviam de perceber que era melhor fazer o que eu mando....
Claro que não é a melhor maneira de conseguir os seus intentos, mas fez-me pensar que realmente momentos de desespero levam a medidas extremas e até uma miúda de 9 anos percebe o período em que nos encontramos..
Espero que ela mude de ideias e que não queira ser Presidente da República, mas tenho a certeza que independentemente da profissão que escolha ela será bem sucedida pois com 9 anos já pensa pela sua própria cabeça e já consegue ver a relação causa-efeito das suas atitudes... Como mãe, para além de ficar babada fico mais descansada pois sei que lutará para conseguir alcançar os seus objectivos e, caso não consiga.... eheheh... manda cortar a cabeça!!!!! 

A força de um abraço

Nunca fui pessoa muito dada a grandes demonstrações de afecto nem a grandes contactos físicos. Desde sempre me recordo que ao contrário da grande maioria das crianças que adorava ir dormir para a cama dos pais, eu não gostava nada e dispensava grandes abraços e beijos mesmo dos meus pais. Assim continuei por vários anos - para tristeza da minha irmã que ao contrário de mim andava sempre aos abraços, carinhos e beijos -  e embora seja uma mãe carinhosa nunca fui de muitos abraços...
Recentemente, talvez porque a vida me colocou à prova e perdi o primeiro Homem que amei na vida (o meu pai) comecei a perceber o verdadeiro sentido do abraço... e que bem que me sabe um bom abraço.
O abraço realmente tem o poder de nos confortar, de, ainda que por breves momentos, nos sentirmos um pouco mais protegidos nos braços de outra pessoa. É claramente a maior manifestação de carinho, de afecto de conforto, que alguém nos pode dar, até mais que um simples beijo.
Agora, tiro realmente prazer de um abraço, de amizade, de amor, de carinho, de conforto ou, simplesmente como que a dizer: eu estou aqui... E sabem tão bem os abracinhos dos meus filhotes, ainda bem que descobri o prazer do abraço. Recomendo!

Humildade

Não entendo as pessoas que se fazem de mais sérias, mais cultas, mais intelectuais que as outras... será que não percebem que a sua altivez e orgulho patético apenas as rebaixa e diminui...
Leio muitas vezes essas pessoas utilizarem a palavra fútil para todos aqueles que vivem de modo diverso. Hoje li um exemplo em que alguém chamava de fútil a própria sobrinha porque a rapariga (adolescente) queria um iphone 4 pelos anos. É fútil? Não, é jovem...
Vivemos num mundo em que toda a gente acha que tem o direito de criticar os outros apenas por serem diferentes. Eu sou inteligente, tenho uma família maravilhosa, e consigo ir sobrevivendo economicamente no meio desta crise avassaladora... mas, já me apercebi que sou criticada porque sou "gorda", porque não ligo às marcas de roupa, porque não me arranjo... E, também sou criticada porque valorizo os meus filhos, porque tenho gosto em que eles sejam públicos, porque não os escondo... Também sou criticada, por outros, porque sou demasiado exigente com os estudos dos miúdos...
Em suma, há sempre alguém disposto a encontrar algo a criticar.
Sabe-me bem estar rodeada de pessoas que não têm vergonha de olhar para nós e dizer: estás bonita; gosto de ti; tive saudades tuas...
Gosto de pessoas francas, que nos criticam na cara e, acima de tudo, que não acham que são mais do que os outros, pois a maior honorabilidade das pessoas, é, para mim a humildade...
Ah, é verdade, e também sou criticada por ser humilde ... mas, para mim... esse é o maior elogio que me podiam dar e por isso, com um sorriso, agradeço!

Falta de educação

Definitivamente irrita-me a falta de educação. Não é só não dizer bom dia ou boa tarde, mas são pequenos gestos do dia a dia que demonstra que muita gente é verdadeiramente mal educada...
Por exemplo, custa alguma coisa segurar na porta quando vem outra pessoa um pouco atrás? Temos de esperar uns segundos da nossa atarefada vida para ajudar um terceiro, que muitas vezes nem conhecemos... mas, custa alguma coisa? Sabe tão bem quando vamos apressados e alguém, com um sorriso ou apenas sem cara de zangado, nos segura a porta quando vamos a poucos metros da mesma...
Outro exemplo que é recorrente: há um lugar de estacionamento onde cabem dois carros... custa alguma coisa fazer mais duas ou três manobras e estacionar o carro de modo a que caiba outro? Especialmente quando há falta de estacionamento? Acho que não custa nada e anima de certeza o dia de alguém. E sim, acho que é falta de educação esquecermos que existem outros seres humanos no mundo...
De igual modo - aconteceu-me há dias - custa alguma coisa agradecer quando alguém nos ajuda ou ajuda os nossos filhos a levantarem-se depois de uma queda? (No meu caso, a criança caiu, eu ajudei a levantar, sacudi os joelhos com terra da pequena e a mãe limitou-se a olhar para mim como se eu fosse transparente... nem um sorriso ou um obrigada....)
Isto são claramente exemplos de falta de educação... Há tantos! E irrita-me mesmo....
Infelizmente quando olho há volta e ouço falar de crise fico preocupada quando as pessoas apenas denominam de crise a falta de dinheiro pois a verdadeira e preocupante crise é a de falta de valores, de falta de educação, de falta de respeito pelo próximo.... E não custa nada um sorriso, um segurar de porta, um obrigada e um simples bom dia mesmo a quem não conhecemos... Não custa nada ser educado e respeitador... e para isso não é preciso dinheiro... não é mesmo!

Vale a pena?

A vida dá tantas voltas... há sete ou oito meses atrás eu achava que o mundo era perfeito, nada ia abalar a minha felicidade e os pais eram eternos.... não são, mas deviam ser!!! Há momentos na nossa vida em que tudo perde sentido ou ganha um novo sentido... Estes momentos são perfeitos para avaliar a nossa vida ou os tempos mais próximos e seguir em frente mais completos e com mais certezas sobre a vida.... De repente, nova tempestade acaba por deitar por terra todas as certezas que demoraste alguns meses a construir. Vale a pena?? Perguntei-me imensas vezes se valia a pena. Houve momentos em que não me respondi, momentos em que disse que não, mas mesmo assim não desisti. Dizem que os filhos dão um novo sentido à nossa vida e é verdade pois sem eles eu não teria conseguido. É tão bom ter filhos, filhos que amamos, que acarinhamos, que nos fazem sorrir, e que nos dizem, mesmo nos tempos mais difíceis "Amo-te Mamã"... É por tudo isto que vale a pena, vale mesmo a pena!

O início

Ganhei coragem... Há muito tempo que queria iniciar esta aventura no reino dos "blogs"! Influenciada por uma grande amiga e companheira de viagem, este novo projecto surgiu da minha vontade de partilhar ideias, sentimentos, emoções, gargalhadas e (espero que menos) lágrimas e revoltas! Neste blog tentarei ser sempre eu, como todos os dias sou, com um sorriso nos lábios, um aperto no coração por não conseguir fazer melhor e muita ansiedade por querer ser a melhor mãe do mundo para os meus filhos! É com esta sinceridade e este desprendimento que inicio esta aventura.. Sempre com muito orgulho por ser mamã de três!