Cá em casa somos católicos, as MM. andam na catequese e tentamos ir à missa pelo menos em ocasiões mais simbólicas em termos de igreja católica. Hoje assisti à missa em directo do Vaticano porque admiro muito o Papa Francisco e não me identifico com o padre da paróquia onde resido...
E, se é certo que não temos por hábito comemorar de forma vigorosa a Páscoa, para mim, em termos de sentimentos e emoções é a época do ano que mais me sinto introspectiva em termos religiosos.
Nem sempre foi assim, aos 14 anos, estava eu a fazer a preparação para o crisma quando o meu avô paterno, que me ajudou a criar, morreu. Fiquei com imensas dúvidas e afastei-me da igreja. Não fiz o crisma.
Aos 18 anos, no Santo António, eu queria ir para as festas de Lisboa, onde morava, mas a amiga com quem tinha combinado ir tinha um encontro com amigos da Igreja, pelo que fui com ela (a contra gosto)... Ali, de repente, junto dos convivas fraternos encontrei novamente em mim a fé em Deus e em Cristo e passei a acompanhar este grupo de jovens católicos. Assim regressei à Igreja, por vontade própria e consciente do que fazia.
Posteriormente aos 20 anos, na Páscoa fui com o mesmo grupo a Taizé, uma comunidade cristã em França, onde passei esta época em dois anos consecutivos. Amei. Senti ali dentro de mim sentimentos que desconhecia, senti a força de Deus e vivi a Páscoa como nunca: a servir aos outros e a viver numa Igreja...
Nunca mais questionei a minha religião e sinto-a ainda mais forte, não obstante o meu pai ter falecido entretanto.
Por isto sinto esta época pascal com um sentimento de agradecimento muito forte, um sentimento de amor único dentro de mim. Não faço jejuns, não celebro com doces típicos, não troco lembranças, pois a Páscoa, para mim, está cá dentro, é um sentimento, é a fé, sou eu a agradecer a Deus e a Cristo o que fizeram por nós... <3
Sem comentários:
Enviar um comentário