segunda-feira, 19 de maio de 2014

Eventos de moda infantis e a exploração das marcas

Hoje estou inspirada, eheheh! Há uma situação que me anda a fazer matutar... a mim e a muitas mamãs que já nos levou a fazer uma lista negra de marcas num grupo de mamãs com filhos que participam em desfiles... Lista negra e a correspondente lista branca claro.
Nem tinha pensado muito no assunto, até que a agente dos meus filhotes me disse que as agências de modelos infantis estão a perder imenso dinheiro porque actualmente as marcas contactam directamente as crianças para os desfiles e não se socorrem de uma agência - a quem teriam de pagar - para esse efeito.
Realmente há aqui um benefício para as marcas. Estará errado? Não me cabe a mim julgar...
Mas já me cabe julgar a actuação das marcas que convidam crianças ou fazem castings no facebook para terem crianças a desfilarem pela sua marca e não dão sequer um miminho às crianças...
Já nem falo da marca que está no topo da nossa lista em que para além de não darem nada às crianças a responsável é ainda antipática....
Agora digam-me... uma criança desfila com roupa de uma marca... faz a publicidade à mesma... e no final nem um miminho???? Uma criança faz fotos para um catálogo e no final nem um miminho?
Já tive de tudo com os meus filhos: algumas marcas deram a roupa com que a criança desfilou, outras ofereceram uma peça de roupa à escolha, outras ofereceram um vale de desconto em percentagem ou em dinheiro, outras ofereceram um miminho (colar, gancho, meias) e... por fim... outras não deram nada!!!!! NADA!!!! Isto não é bonito... As crianças desfilam felizes e muitas das vezes (os meus sempre) adoram a roupa com que desfilam, ficam orgulhosos por a vestirem, e no fim NADA????
Uma senhora super querida de uma das marcas disse-me: Peço imensa desculpa por não poder dar a roupa, mas foram 14 crianças a desfilar e seria um grande desgaste para a marca nesta época... E deu-me um vale de 10 euros por cada criança. As MM. ficaram todas felizes, pois sentiram reconhecido o seu desfilar e claro que vou gastar os vales em compras naquela marca... A marca acabará por beneficiar ainda de compras minhas...
Isto é ser inteligente e mostrar apreço pelas crianças... Claro que acho que deveriam oferecer a roupa que as crianças vestiram, seria o mínimo... mas compreendo que às vezes possa ser complicado e aí cabe às marcas escolher o miminho com que devem presentear as crianças... até um doce seria bem vindo... mas NADA?????
Não estou aqui para pedir nada até porque os meus filhos desfilam porque gostam e eu também não por lucro ou com esperança de os vestir na próxima estação mas as crianças são fáceis de agradar e um simples gesto de oferenda as deixará felizes...
Às marcas que me lêem não repitam estas atitudes... Dêem nem que seja um miminho às crianças que desfilam pelas vossas marcas pois estão a fazê-lo com um sorriso nos lábios, de forma desinteressada e o mínimo que se espera dos adultos é agradecer tal atitude com uma oferta pois por mais pequena que seja é importante para as crianças... Aqui fica o meu alerta e a minha sugestão...

As mamãs dos nossos modelitos

As MM e o F têm participado em alguns desfiles de moda infantis e adoram. Divertem-se sempre a fazer de conta que são modelos a desfilar pelas mais belas marcas de roupa... Já fizeram amigos neste meio e eu própria já conheci mamãs que já considero amigas. Não é um mundo fácil, há competição, há mamãs que aceitam com calma que as filhas (sim porque isto acontece em especial com as mamãs de meninas) não sejam escolhidas sempre e outras que não o encaram tão bem, mas no fundo creio que são todas mães que adoram os seus filhos e que os querem ver bem. Aceito isso tudo desde que não pisem em ninguém para chegar onde pretendem...
Não gosto de ver mães ofenderem-se verbalmente por causa de castings, por causa de desfiles, de trabalhinhos que os filhos fazem. Não me identifico com este tipo de postura em nada na minha vida e muito menos quando se trata do meus filhos. Felizmente este fim-de-semana estive off devido a uma actividade que realizei enquanto mãe seguida de uma crise de fibromialgia que me deitou à cama e não li uma série de disparates que algumas mamãs escreveram num grupo de que faço parte.
Se começamos assim estaremos ou não a dar um péssimo exemplo para os nossos filhos? Que educação lhes podemos dar se não sabemos lidar com as nossas frustrações? Penso que é mau presságio as mamãs degladiarem-se por um casting, por um desfile. Abri logo os olhos... Eu não sou assim... estava até a tentar ganhar um casting e desisti naquela hora... Não posso entrar numa actividade para crianças a jogar com armas com que não me identifico.
E acho que só assim consigo respeitar e admirar as mamãs dos nossos pequenos modelitos. São aguerridas na defesa das suas crias, mas não passam por cima de ninguém... Não usam esquemas, não usam linguagem imprópria, não fazem nada de que se possam arrepender.
Este mundinho da moda infantil é complexo, tem regras e começa a ser um espelho do que as crianças encontrarão quando crescerem. Se as usamos como forma de resolver as nossas frustrações, de serem aquilo que não fomos, então estamos erradas...
A moda para as nossas crianças deve ser um divertimento para elas e apenas isso, nada mais. Deve ser mais uma brincadeira divertida, um faz de conta, um modo de fazer amigos e ter um divertimento em comum, nada mais.
Não é um trabalho, pois são crianças! Não é uma competição, pois são crianças! Não é uma luta para ver quem é melhor, pois são crianças! São apenas crianças a divertirem-se e nada mais e a nós, mamãs, cabe o papel de as incentivar a divertirem-se, a terem orgulho naquela brincadeira e a serem felizes. O nosso exemplo é o meio de elas encararem correctamente o que fazem... Mamãs... Dêem o exemplo aos filhotes e sejam puras neste meio...

Porque há pessoas boas...

Tenho-me cruzado com muita gente neste mundo estranho em que hoje vivemos e noto que tendencialmente esta crise de dinheiro se tornou uma crise de valores em que as pessoas se aproveitam deste mal estar generalizado para serem antipáticas, para não olharem para o próximo, para recusarem um gesto de ternura, de compaixão, de simples ser humano... Mas há alturas em que pessoas lindas se cruzam no meu caminho e me fazem acreditar que não é geral esta falta de valores.
Estava eu, no sábado passado, cansada e quase sem forças, com dores em todo o corpo, no início de mais uma crise de fibromialgia... sim, porque tenho esta estúpida doença... quando de repente, ao abrir o meu facebook pessoal, tinha uma mensagem que me encheu o coração. Alguém, que eu não conhecia, estava preocupado comigo e com o meu bem estar e soube tãoooo bem!
Senti um aperto no coração, não de tristeza, mas sim de felicidade e naquele momento até as dores desapareceram um pouco. Ainda há pessoas boas, mesmo que não as conheçamos e é maravilhoso ver como nos conseguem tocar o coração com um gesto tão simples como uma simples afirmação de preocupação com o nosso bem estar...
Porque há pessoas boas, haverá sempre uma luzinha que nos faz acreditar que esta crise de valores não se eternizará...

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A simpatia não paga impostos (ainda)... mas às vezes parece

Não gosto de pessoas antipáticas! Eu sou simpática com toda a gente, e segundo a minha mãe até demais, mas não custa nada dar um sorriso, dizer uma palavra, fazer um gesto de compreensão... Fico mesmo incomodada com gente antipática, com pessoas que parece que nos fazem um favor em falar connosco ou sorrir... Mas ainda fico mais incomodada com pessoas que não são simpáticas com crianças... Isso tira-me do sério, detesto mesmo. Causa-me incómodo, estranheza e repulsa ver um adulto ser antipático com uma criança...
Não me venham com as desculpas do costume: a pessoa é envergonhada ou tímida, teve um dia mau, anda triste com a vida...Temos pena, mas as crianças é que não têm culpa de certeza... As MM. e o F. têm por obrigação, pois foi assim que eu e o pai os educamos, ser simpáticos e educados com toda a gente, mas custa-me imenso ver em especial a Mi que é a mais simpática, sorrir para um adulto que não lhe retribui o sorriso. Isso não se faz!
Será que as pessoas antipáticas já experimentaram sorrir? Sorrir apenas a tudo e a nada, a todos e a ninguém, apenas porque estão vivas, apenas porque têm uma família, apenas porque têm uma casa.... Sorrir apenas... Já ganhei tantos dias com o sorriso de alguém e sei que já fiz a vida de muita gente melhor apenas porque sorri para elas...
Não custa nada, faz bem à pele (ei, estou a falar de sorrir, não de rir às gargalhadas), transforma um dia triste num dia feliz (para nós e para os outros) e, veja-se bem neste cenário de crise: É de graça....
Por isso, o meu conselho para as antipáticas deste país (e antipáticos também): Sejam felizes, desçam do vosso pedestal e sorriam... em especial às crianças que vos dão o mundo por um sorriso... e sei que o vosso mundo e o vosso dia ficará melhor... Pratiquem o sorriso e a simpatia e abram a alegria aos outros e verão que vocês ficarão muitoooooooo mais felizes também quando receberem de volta um sorriso, um gesto, uma palavra de conforto...

terça-feira, 6 de maio de 2014

As aparências iludem!

Quem me conhece sabe que sou "uma cara de riso"... Posso estar a chorar e a sofrer por dentro mas estou sempre a sorrir, tento ser bem educada com toda a gente, independentemente do extracto social, da beleza, do protagonismo. Sou assim na minha vida diária e no meu trabalho. Nunca utilizei a minha posição pessoal, social ou profissional para me auto-promover, e podia fazê-lo, e não tenciono fazê-lo. Se hoje estou bem na vida, ou pelo menos estou melhor que a grande maioria, nem sempre foi assim...
Enquanto estudava na faculdade trabalhei nas férias e sábados numa loja, onde levei diversas bofetadas de luva branca que hoje me fazem ser humilde seja para quem for. Lembro-me de uma vez uma senhora, mal vestida e desalinhada ter pedido uma mala que estava na montra ao que eu respondi: que era muito cara, custava cerca de 30 contos (à data). A senhora mal vestida, olhou para mim e disse-me que não perguntou o preço... Fiquei de todas as cores, entregue-lhe a mala que pagou prontamente... Telefonei para a minha mãe (que trabalhava na loja toda a semana) e perguntei quem seria a senhora, e a minha mãe respondeu-me que era a melhor cliente da loja e que já tinha toda a colecção daquelas malas Pierre Balmain.. Era professora Universitária...
Desde então NUNCA mais julguei ninguém pela aparência e detesto que me julguem.... Não gosto de me arranjar e ninguém tem nada a ver com isso. O meu estrato social e profissional mede-se pelo que faço e não pelo que visto.
Às vezes admito que me dá gozo ver as pessoas tratarem-me de uma maneira quando me vêem e de outra quando sabem quem sou ou o que faço. Essas pessoas já não significam nada para mim.... Nunca julguei os outros pelas aparências e não admito que o façam e detesto quem o faz.... A essência das pessoas vale muito mais do que a roupa que vestem ou o modo como arranjam os cabelos e quem não consegue ver isso tem uma essência que não interessa... Pelo menos a mim...
Felizmente estou rodeada de muita gente com uma essência linda e trabalho directamente com uma colega que tem exactamente o mesmo pensar que eu e que tem uma essência linda, mas que também não liga ao exterior... Felizmente são poucas as pessoas que conheço que são fúteis como descrevi mas as que conheço são de fugir...