sábado, 4 de janeiro de 2014

Auto-estima

Como incentivar uma criança maravilhosa a ter mais auto-estima e manter, ainda assim, a necessidade de educar e dar responsabilidades? Não acho nada fácil. Uma miúda linda, inteligente, simpática, activa e adorada por todos mas com baixa auto-estima. Consequência: faz birras para chamar a atenção e recusa valorizar-se para não ser notada e não dar nas vistas.... Por muito que se lhe diga o quanto é fantástica, mantém sempre um senão... há sempre alguém melhor. Muitas vezes porta-se mal para dar nas vistas. Castigar, não facilita a situação pois o que pretendia era ter a nossa atenção e não o contrário. Se fingimos que não reparámos estamos a incentivar a má educação.... Se damos carinho após birra sem sentido estamos a dar força às birras pois pensará que valem a pena... E agora, que fazer?
Não há regras, não há soluções milagrosas, é preciso em cada situação avaliar e decidir o que fazer.
Há momentos em que a espiral de birras só pára com um som estridente, seja bater palmas, dar estalidos, um grito e até, em último recurso dar uma palmada (não para magoar mas para acordar da birra) - esta é a melhor solução em caso de birra sem motivo, por cansaço, por sono em que a criança já nem sabe porque está a fazer a birra.
Quando a birra ou mau estar resulta de algo que a criança não gosta, temos de a ouvir e tentar perceber o motivo. Tem razão, então damos miminhos e reforçamos que ela tem razão. Não tem razão, então falamos e chamamos à atenção de que está errada. Se continuar a birra, então às vezes há que socorrer do método anterior.
Por fim, se a birra é mesmo para marcar posição, medir forças com os pais, então aí acho que o castigo é a melhor solução mesmo. Um tempinho no quarto para pensar no que fez não lhe faz mal nenhum e facilita a conversa.
Não podemos é deixar de educar porque a criança insiste em fazer birras ou má educação para chamar a atenção porque não se acha boa suficientemente. E sempre, mas sempre, realçar as qualidades da mesma e deixá-la fazer as coisas que acha que não consegue (com a nossa ajuda muitas vezes sem que notem) até conseguirem para sentirem que ultrapassam as limitações e sentirem-se mais seguras.
Uma vez mais, não há regras, mas é assim que acho que deve ser feito....

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